Talíria Petrone propõe medidas emergenciais após chacina promovida por governador do RJ, a maior da história
A líder do PSOL e os deputados Pastor Henrique Vieira (RJ), Tarcísio Motta (RJ) e Reimont (PT), todos da bancada do Rio de Janeiro, exigem uma série de medidas urgentes
29 out 2025, 17:51 Tempo de leitura: 1 minuto, 48 segundos
A deputada federal Talíria Petrone propôs, em conjunto com os deputados Pastor Henrique Vieira, Tarcísio Motta e Reimont (PT), todos da bancada do Rio de Janeiro, uma série de medidas em caráter de urgência, após a chacina promovida pelo governador Cláudio Castro (PL), que deixou mais de 120 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.
Entre as iniciativas, estão a criação de uma comissão externa e a criação de uma subcomissão na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal para analisar as denúncias. A ação se desdobra em uma diligência da CDH nos territórios afetados pela operação da terça-feira (28). Também ocorrerá uma reunião com movimentos de favela na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Os parlamentares também representaram junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo investigação sobre a legalidade da operação.
No caso da PGR, os deputados requereram ao STF a adoção de providências urgentes para coleta e preservação de vestígios, realização de perícia das armas utilizadas, preservação das imagens das câmeras corporais, garantia de investigação independente e monitoramento e transparência na investigação.
A medida visa apurar a conformidade da operação policial em relação à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, mais conhecida como ADPF das Favelas. O pedido de apuração ao STF diz respeito às violações à população e aos policiais.
Para Talíria, a operação é mais uma expressão do populismo penal racista e ineficaz que tem transformado favelas e periferias em territórios de exceção.
“O governo Cláudio Castro tem feito política de segurança pública com sangue preto. O que está acontecendo no Rio é um projeto racista e incompetente, que enxuga o sangue derramado sem enfrentar as causas da violência. Vamos acionar o MP e levar esse debate para o Congresso, o Estado do Rio não pode seguir matando em nome da lei”, afirmou ela.