Alexandre de Moraes acelera pedido de Talíria e Lindbergh para que PGR se manifeste sobre prisão de Eduardo Bolsonaro
"É inadmissível um deputado que deveria trabalhar pelo Brasil estar nos EUA recebendo dinheiro dos cofres públicos para conspirar contra o país", afirma a líder do PSOL
3 out 2025, 11:51 Tempo de leitura: 1 minuto, 36 segundos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até cinco dias sobre o pedido de prisão preventiva do deputado Eduardo Bolsonaro feito pela líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (RJ), e pelo líder do PT na Casa, deputado Lindbergh Farias (RJ).
O filho de Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro e já acumula quase 30 faltas não justificadas ao trabalho na Câmara e tem número suficiente de ausências para perder o mandato parlamentar. Nos últimos meses, Eduardo esteve na articulação para que o presidente dos EUA, Donald Trump, decretasse o “tarifaço” contra o Brasil.
No Conselho de Ética da Câmara tramita o pedido de perda do mandato do deputado. A solicitação dos líderes, que Moraes enviou à PGR, requer também o bloqueio de pagamentos de salários e verba indenizatória.
Talíria e Lindbergh ainda pedem que o ministro determine que a Mesa Diretora e o Conselho de Ética da Câmara apreciem de forma imediata os pedidos de cassação contra o deputado.
“Não dá para aceitar quem ataca a soberania e ataca o povo brasileiro. Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos recebendo salários do dinheiro público do Brasil para tramar contra a política, contra a economia e contra os empregos dos trabalhadores do nosso país. Isso é, no mínimo, inadmissível”, afirmou Talíria.
No início da semana, Moraes determinou que Eduardo Bolsonaro, que já foi denunciado pela PGR no último dia 22 pela prática do crime de coação no curso do processo, seja notificado para que apresente sua defesa no inquérito. Segundo o ministro, mesmo mantendo seu domicílio em território nacional, o parlamentar “está criando dificuldades para ser notificado”.
Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados