Erika Hilton pede prisão de conselheira tutelar que induziu vítima de estupro a tentativa de suicídio
Ao invés de acolhimento, menina de 17 anos ouviu que "ser lésbica e ateia é coisa do demônio"
27 ago 2025, 13:15 Tempo de leitura: 1 minuto, 31 segundos
A deputada federal Erika Hilton (PSOL – SP) denunciou a conselheira tutelar Cláudia Damiana, do Distrito Federal, por lesbofobia e indução ao suicídio.
Ao atender uma menina de 17 anos, estuprada pelo próprio pai, ao invés de realizar o acolhimento, a conselheira atacou a menina dizendo que “ser lésbica e ateia é coisa do demônio”.
Além disso, ela, que recebe salário de R$ 9.092,23, pago pelo Distrito Federal, disse as frases “vou te provar que Deus existe”, “você precisa ler a Bíblia”, “o que você está me dizendo é pecado”.
Conforme reportado pela mídia, ao fim do atendimento, a conselheira mostrou à menina um conteúdo de automutilação e disse: “Você escolhe: mudar de cidade para um lugar desconhecido, com outra família, sem celular ou ficar com sua mãe?”. Após o atendimento, a menina tentou tirar a própria vida.
Em ofício ao Ministério Público do Distrito Federal, a deputada pede que o MP solicite o afastamento imediato da conselheira.
A deputada também pede a decretação da prisão preventiva da investigada, considerando a gravidade das condutas, o risco à integridade de crianças e adolescentes e a possibilidade de novas práticas de violência institucional, lesbofobia e indução ao suicídio.
Nas redes sociais, a deputada também se manifestou a favor da prisão da conselheira::
“Isso tudo é nojento, desumano, cruel e revoltante. Não basta ela apenas perder o cargo. Quem pratica a lesbofobia e induz uma pessoa em vulnerabilidade ao suic*dio não precisa ser Conselheira Tutelar pra fazer isso. Quero que ela pague por este crime vil. Que, na prisão, ela tente provar pras paredes a existência desse seu “Deus” deturpado feito à imagem de sua própria maldade.”
Foto: Matheus Alves