PSOL pede cassação, no Conselho de Ética, de Eduardo Bolsonaro por cooperação com governo Trump contra o interesse nacional
Conduta do deputado configura falta grave de decoro ao defender interesses estrangeiros hostis à soberania nacional, atuando pessoalmente em uma campanha internacional para sabotar o Brasil
11 jul 2025, 12:17 Tempo de leitura: 1 minuto, 31 segundos
A bancada do PSOL na Câmara protocolou uma representação à Mesa Diretora da Câmara, pedindo a cassação, no Conselho de Ética, do deputado Eduardo Bolsonaro que se auto exilou nos Estados Unidos. Os parlamentares também estão preparando uma denúncia ao Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos sobre os reiterados ataques do deputado à soberania nacional.
Para a deputada Talíria Petrone, líder da bancada do PSOL na Câmara, a conduta de Bolsonaro configura falta grave de decoro, ao instrumentalizar sua posição para defender interesses estrangeiros hostis à soberania nacional:
“Vivemos uma situação gravíssima na história da República. Eduardo Bolsonaro conspirou e conspira contra o Brasil. Chama a atenção que ele, advogado e deputado federal eleito, tenha desrespeitado o Artigo 1º da nossa Constituição, sobre a soberania do país, e passado por cima do Regimento Interno da Câmara Federal, instituição a qual ele está vinculado. Eduardo Bolsonaro não pode permanecer no cargo. Ele atacou o Brasil, atacou a economia, a política nacional, as instituições públicas e o povo brasileiro. Ele demonstrou não ser uma pessoa confiável para ocupar um cargo tão importante e representativo para a nação, ” ressaltou a líder.
O partido também tomou medidas e entrou com uma notícia crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado. A ação pede a prisão do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. “É inaceitável que um parlamentar fuja do Brasil para conspirar contra o próprio país e articule medidas que prejudicam a economia nacional. Ao menos a hipocrisia dos autointitulados patriotas que batem continência para a bandeira dos EUA ficou escancarada”, afirma Paula Coradi, presidente nacional do PSOL e que assina a ação na PGR.