IOF: os graúdo$ chiam… – Por Chico Alencar
"O problema é que muitas Excelências não admitem tocar nas altas rendas dos mais ricos, de quem são serviçais"
10 jul 2025, 15:33 Tempo de leitura: 1 minuto, 36 segundos
É prerrogativa do Executivo definir alterações no Imposto sobre Operações Financeiras. Tem muito falatório mas poucos conhecem o que o decreto do governo propunha:
Cartões de crédito/débito internacionais: de 3,38% para 3,5%;
Cartão pré-pago internacional, cheques de viagem: de 1,38% para 3,5%;
Compra de moeda em espécie: de 1,1% para 3,5%;
Empréstimos externos de curto prazo: de 0% para 3,5%;
Previdência complementar (VGBL): 1% sobre aportes acima de R$ 50 mil por mês;
Remessa ao exterior para investimento: de 1,1% para até 1,5%;
Remessa de brasileiro no exterior sem fim de investimento: de 0,38% para 3,5%;
Transferências para aplicações no exterior: de 0% para 3,5%;
Crédito para empresas (exceto MEIs e Simples): de 1,88% para 1,95%;
Crédito para empresas do Simples Nacional: de 0,88% para 1,95%;
Crédito para MEIs: passa a ter alíquota definida (antes havia insegurança jurídica).
💡Reparou que essas alterações atingem operações dos de alta renda, como gastos com cartão internacional, compra de moeda estrangeira e envio de dinheiro para o exterior?
Afeta em apenas 1% quem faz aportes em previdência complementar acima de R$ 50 mil/mês? Quantos têm recursos para tanto?
A tributação mais uniforme sobre empresas do Simples e MEIs busca corrigir distorções, mas com alíquotas menores do que as aplicadas às grandes empresas — mantendo a lógica da progressividade.
⚠️ Embora as alíquotas desses setores tenham sido mantidas mais baixas que para grandes empresas, há aumento em relação ao que era antes (ex: de 0,88% para 1,95% no Simples).
Esse pequeno impacto pode e deve ser revisto, e Haddad disse várias vezes estar aberto a isso.
O problema é que muitas Excelências não admitem tocar nas altas rendas dos mais ricos, de quem são serviçais.
Não querem reforma tributária da renda! Ficam histéricos quando se propõe mais equilíbrio fiscal e social.
Por justiça tributária insistiremos, persistiremos, não desistiremos!