Erika Hilton e fãs-clubes de divas pop se unem e ampliam o debate contra o Projeto de Lei da Gravidez Infantil

O Projeto de Lei 1904, também conhecido como o Projeto de Lei da Gravidez Infantil, que avança na Câmara e hoje é a maior ameaça aos direitos reprodutivos de mulheres meninas e pessoas que gestam foi alvo de uma aliança inusitada: a deputada federal Erika Hilton, líder do PSOL na Câmara, fez um chamado aos fãs-clubes brasileiros de divas pop e, graças a isso, a proposta, que ainda estava apenas no radar de pessoas mais conectadas à política e ao movimento feminista, tomou conta das timelines das redes, ampliando a mobilização para além das bolhas.

Com ajuda das tags #CriançaNãoÉMãe, fandoms Contra a PL 1904 e postagens orientando os fãs de divas pop a se manifestarem pela internet, mais de 200 mil assinaturas contra a proposição foram colhidas pelo site criancanaoemae.org e mais de 200 mil votos contra foram registrados na enquete oficial da Câmara.

E, caso a Câmara decida pautar o mérito do PL – que já teve sua urgência aprovada de forma questionável – a tendência é que a internet tome as ruas: no dia que a urgência foi aprovada, protestos contra o PL começaram a ser organizados na plataforma X (Twitter) de forma espontânea em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A campanha #CriançaNãoÉMãe é liderada por organizações feministas como a Nem Presa Nem Morta, e os fãs-clubes organizados contra o projeto com a tag Fandoms Contra a PL 1904 são variados: de artistas como Olivia Rodrigo, Beyoncé, Taylor Swift, Billie Eilish, Anitta, Ariana Grande, Blackpink, Lady Gaga, Rihanna, Urias, Aespa, Katy Perry, Renee Rapp, Jão, Sabrina Carpenter, Lorde, Måneskin, Baby Monster, Harry Styles, Chapell Roan, Victoria Monet, Lauren Jauregui, Marina Sena, Elizabeth Olsen, Lisa e Monsta X; além de páginas ligadas à cultura pop, como LesboCine, Series Brasil, Nação Multiversal e Central Reality.