Deputada professora Luciene Cavalcante entra com representação no Ministério Público contra a Cobasi por morte de animais no RS
Conforme a denúncia os animais morreram afogados ou por fome, mas poderiam estar vivos se tivessem sido colocados na parte superior da loja
24 maio 2024, 11:06 Tempo de leitura: 1 minuto, 59 segundosA deputada federal professora Luciene Cavalcante, em conjunto com o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, ambos de São Paulo, entraram com uma representação no Ministério Público do Rio Grande do Sul contra a loja Cobasi por maus tratos aos animais.
Em 17 de maio de 2024, a Cobasi confirmou a morte de animais que estavam na loja do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, em decorrência do alagamento do estabelecimento pelas enchentes no estado.
A empresa afirma que “apesar das tentativas constantes, não foi possível acessar a loja de forma segura devido ao nível da água”. Ocorre que, contraditoriamente, o Shopping Praia de Belas, onde a loja está localizada, afirma que alertou a Cobasi a respeito dos riscos de enchentes que atingiram mais de 90% do estado do Rio Grande do Sul e “ofereceu toda assistência necessária para acesso ao local”.
O coletivo solicita ao MP:
– Apuração dos fatos para que a Cobasi seja devidamente responsabilizada em todas as esferas cabíveis, bem como seja condenada ao pagamento de indenização por danos materiais e morais aos tutores dos animais.
– Que a Cobasi seja obrigada a institucionalizar, em todas as lojas de sua cadeia, um plano emergencial de evacuação dos animais alojados em caso de emergências
– Como forma de reforçar que os maus tratos aos animais não serão tolerados na nossa sociedade, que a Cobasi seja condenada ao pagamento de indenização coletiva a ser revertida para um fundo de proteção dos animais.
Negligência
O resultado da negligência, em deixar os animais na loja mesmo após diversos alertas, e da falta de um plano de evacuação, foi a morte de aves, peixes e roedores. A Cobasi, no entanto, até o momento, sequer divulgou quantos animais morreram afogados ou por fome na loja alagada.
Segundo afirma a ONG Princípio Animal, que visitou a unidade para tentar resgatar bichos que sobreviveram à enchente, após obter autorização judicial, os animais estariam vivos caso tivessem sido levados à parte superior da loja pelos funcionários:
“Os representantes da Princípio Animal constataram que o mezanino do estabelecimento estava intacto, sem qualquer sinal de inundação. Contudo, o subsolo (onde ficavam os animais) estava completamente imerso às águas”, diz nota publicada nas redes sociais da ONG.