Pastor Henrique Vieira participa da entrega de declaração pró-democracia a Lira e a Padilha
Documento é resultado de missão oficial a Washington feita por parlamentares que integraram a CPMI do 8 de janeiro
23 maio 2024, 18:41 Tempo de leitura: 1 minuto, 59 segundosDeputados e senadores progressistas do Brasil e dos Estados Unidos escreveram uma carta conjunta em defesa da democracia, endereçada às autoridades dos dois países.
No Brasil, o texto foi entregue nesta quarta-feira, 22, ao presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e aos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Do lado americano, assinam os deputados Jamie Raskin e Sydney Kamlager-Dove, do partido Democrata, do presidente Joe Biden. O grupo se reuniu no início de maio em Washington, em encontro promovido pelo Instituto Vladimir Herzog.
A iniciativa, que foi liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), prega união internacional para combater o discurso de ódio, a disseminação de desinformação e o avanço do autoritarismo. O Grupo quer criar conexões entre lideranças democráticas da América e Europa. Segundo Henrique Vieira (PSOL-RJ) “Essa comitiva tem um caráter suprapartidário de defesa da democracia, porque existe um entendimento do avanço de um extremismo político no Brasil e no mundo que despreza a democracia.
No texto da declaração, é convocado parlamentares de todo o mundo a se juntar nesta iniciativa para “salvaguardar e fortalecer a democracia globalmente”.
O que diz o documento
“Reconhecemos os paralelos próximos e inquietantes entre os eventos de 06 de janeiro de 2021, nos Estados Unidos, e o de 08 de janeiro de 2023, no Brasil. As graves tentativas de subverter os resultados de eleições através de fraude e violência refletem uma crescente ameaça global às instituições democráticas”, diz o documento.
“É imperativo que os legisladores comprometidos com a democracia e a liberdade se unam internacionalmente para combater práticas antidemocráticas, como a proliferação do discurso de ódio e a utilização de bodes expiatórios para transferir responsabilidades, a discriminação baseada em raça e gênero, a disseminação de desinformação online e a promoção de violência política e autoritarismo”, continua o texto.
“Reafirmamos nosso compromisso inabalável com os princípios democráticos de governança, o estado de direito, o respeito aos direitos humanos, a liberdade de expressão e o sistema de freios e contrapesos constitucionais entre os três poderes. É fundamental garantir processos eleitorais livres, justos e transparentes para a integridade das nossas sociedades”, completa a nota.
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