Negreciando na política!
Ainda se ouve no Brasil os ecos da colonização portuguesa que se deu através do extermínio dos povos indígenas e da exploração da mão de obra africana. São chagas na sociedade brasileira que não cicatrizam. O maior desafio no Brasil é o enfrentamento ao racismo estrutural e institucional. Mas o movimento negro se organizou para enfrentar comportamentos e atos racistas.
Enfrentar o racismo passa pela luta contra a violência perpetrada pelos agentes do Estado – a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no país, segundo o Mapa da Violência. Passa por romper a predominante sub-representação e subemprego de
negros e negras no mercado de trabalho – um cenário que é agravado quando a personagem é a mulher negra. Passa por cobrar avanços na legislação no sentido de proteção à população negra – principalmente se consideramos que a política brasileira é majoritariamente branca. Passa em promover agendas inovadoras. Passa por parlamentares negras e negros da bancada do PSOL nas Casas Legislativas do país.
Um importante passo é reconhecer que o racismo existe, que precisa ser enfrentado e que sua naturalização contribui para a perpetuação. A luta contra a discriminação racial não deve ser uma pauta exclusiva do movimento negro, mas defendida por aqueles que almejam por uma sociedade justa e igualitária.
Vamos enegrecer nossas vidas e ações! Resistir para existir!