União internacional em defesa da democracia: Deputado Pastor Henrique participa de missão oficial em Washington, nos EUA
Comitiva foi recebida por congressistas no parlamento americano e por representantes da OEA
9 maio 2024, 17:11 Tempo de leitura: 2 minutos, 15 segundosNa última semana, o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e outros representantes do Congresso Nacional brasileiro estiveram em Washington, nos Estados Unidos, em missão oficial do Congresso brasileiro, a convite de parlamentares americanos. Durante o encontro foram debatidas propostas globais de defesa da democracia, dos direitos humanos e da justiça socioambiental.
A viagem foi liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD), que foi relatora da CPI dos Atos Golpistas em Brasília, e também contou com a presença do senador Humberto Costa (PT) e dos deputados Rogério Correia (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Rafael Brito (MDB-AL). Também esteve no encontro Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, que, com apoio técnico da Washington Brazil Office (WBO), foi responsável por organizar essa iniciativa.
A comitiva do Congresso Nacional se reuniu com o deputado americano Jamie Raskin, membro da CPI do Capitólio, e, junto com outros parlamentares dos Estados Unidos, foi decidido a articulação de uma carta conjunta de compromisso de defesa da democracia. As invasões do Capitólio, no dia 6 de janeiro, e dos Três Poderes, no Brasil, no dia 8 de janeiro, são dois sintomas de um mesmo problema: a ação de movimentos extremistas que ameaçam a democracia em todo o mundo. “O objetivo é unir esforços no enfrentamento à desinformação, às fake news, à cultura do ódio e às práticas autoritárias. A proposta é que outros países também possam se juntar a nós nessa empreitada, “ enfatizou Vieira.
Outro destaque do encontro foi a reunião com Benoni Belli, embaixador brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA). “Com o embaixador debatemos o grave problema das milícias, que ameaçam a dignidade humana e a democracia. O crime organizado no Rio de Janeiro e no Brasil como um todo, que interfere na política e nas Forças de Segurança, começa a ganhar destaque internacional. Fazer parte da comissão de segurança pública na Câmara vai facilitar as nossas futuras articulações, apontou o deputado.
Segundo o parlamentar, com essa agenda internacional de solidariedade democrática, houve uma grande troca de informações e experiências sobre a defesa da Democracia e o combate à extrema direita e o fascismo. “Eu me senti honrado por ter recebido esse convite, o trabalho da CPMI do 8 de janeiro precisa ser cada vez mais visibilizado, pois em seu relatório evidenciamos uma série de indiciamentos, como o de Bolsonaro, de generais do primeiro escalão e de ex-ministros do governo. Não podemos normalizar o que aconteceu e anistiar quem tentou o golpe contra a democracia no Brasil,” declarou Vieira.
Foto: Caio Guatelli