Erika Hilton aciona prefeituras de Sorocaba e de Itu, em SP, em defesa da saúde pública da região
Falta de atendimento em ambulatório de hormonioterapia e irregularidades em maternidade estão entre as denúncias
23 fev 2024, 12:48 Tempo de leitura: 1 minuto, 52 segundosNa última semana, em diálogo com usuários e habitantes do sistema de saúde pública nas cidades da região metropolitana de Sorocaba e Itu, no interior paulista, a deputada Erika Hilton, líder da bancada do PSOL, oficiou secretarias de saúde das prefeituras de Itu e Sorocaba para buscar informações e resoluções para denúncias vindas da sociedade civil.
Em Sorocaba foi extinto único ambulatório de hormonioterapia e saúde para pessoas trans da cidade. Os atendimentos que eram realizados em um ambulatório do Hospital Santa Lucinda foram interrompidos em dezembro de 2023 e não há informações sobre retorno das atividades.
O acesso à saúde integral é um direito de toda a população, o que obviamente inclui as pessoas trans e a hormonioterapia e o processo transsexualizador fazem parte do SUS. Mas já é a segunda vez que a Prefeitura de Sorocaba interrompe esses atendimentos em menos de um ano. Antes os serviços cessaram na UBS do bairro Vila Fiori, e agora no Santa Lucinda.
“Isso não é aceitável e não pode passar batido. É obrigação do município fornecer os serviços de saúde básica e ambulatoriais, e também é obrigação do município não praticar ou permitir que ocorra discriminação no acesso à saúde”, destacou a deputada.
Por isso, entre outros, Erika solicitou informações sobre quando e onde esses serviços de saúde básica, que são atribuição do município, voltarão a ser oferecidos.
Já na cidade de Itu, por meio de sua assessora parlamentar, a ativista feminista e negra Michelle Duarte, o gabinete de Hilton entregou requerimento de informações sobre procedimentos que ocorrem na Maternidade da Santa Casa de Itu. De acordo com denúncia recebida, a maternidade impede a presença de doulas no local do parto e no pós parto, infringindo lei municipal. Assim como não há influência para aplicabilidade das vacinações necessárias em recém nascidos e também não são respeitadas as horas indicadas pela Organização Mundial de Saúde no contato direto entre bebê e mãe/pai no pós parto imediato.
Foto: Mark Vales