PSOL segue cobrando responsabilidade no genocídio Yanomami, agora com representação no TCU
"Ao contrário de terem cumprido a finalidade social e pública, o que temos é uma tragédia humanitária e uma grave crise sanitária", diz Guilherme Boulos
16 fev 2023, 19:17 Tempo de leitura: 2 minutos, 5 segundosA equipe jurídica da Liderança do PSOL na Câmara, junto ao gabinete da deputada Célia Xakriabá, quer investigação e responsabilização das autoridades do governo Bolsonaro frente ao genocídio Yanomami também no âmbito do Tribunal de Contas da União.
“(…) com a finalidade de provocar esse Controle Externo a apurar as denúncias quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos administrativos, bem como para avaliar o desempenho e resultados da gestão pública praticados por Bolsonaro, ex-presidente da República, Damares Alves, ex-ministra da Família e Direitos Humanos, Marcelo Xavier, ex-presidente da FUNAI, Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, Ricardo Salles e Joaquim Leite, ex ministros do Meio Ambiente, Anderson Torres e Sérgio Moro, ex-ministros da Justiça e Segurança Pública, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ambos ex-ministros da Defesa, Hamilton Moreira, então vice-presidente da República, entre outros eventuais envolvidos”, destaca a representação.
Para a deputada Célia Xakriabá, é prioridade responsabilizar em todas as esferas os responsáveis pela crise humanitária Yanomami é prioridade: “Ações já estão sendo tomadas para apoiar o povo no território e combater o garimpo ilegal. Mas é preciso olhar para quem causou essa tragédia. Quem burlou as regras da administração pública e quem foi omisso queria esse projeto de ecocídio programado. Quem não se sensibiliza com crianças passando fome e mulheres sendo estupradas, perdeu a humanidade”, disse a deputada indígena.
Guilherme Boulos, líder do PSOL na Câmara, também reforçou a necessidade de incluir a denúncia ao TCU no rol de ações jurídicas tocado pela bancada: “Identificar o grau de envolvimento dos bolsonaristas no genocídio Yanomâmi é fundamental para que a justiça seja feita. Não podemos permitir que essa tragédia se repita. É necessário apurar qual a participação de cada um neste cenário de gravíssimas violações e também sob o prisma das normas da administração e gestão pública. Se Bolsonaro alegou ter executado supostas ações de proteção ao povo Yanomami é preciso investigar pois, ao contrário de terem cumprido a finalidade social e pública, o que temos é uma tragédia humanitária e uma grave crise sanitária na Terra Indígena Yanomami”, declarou o deputado.
Foto: CONDISI – YY / Divulgação