Bancada do PSOL questiona o envolvimento do governo com apoiador fake, contratado por site bolsonarista
Criar espantalhos e fabricar fake news é a marca do governo Jair Bolsonaro.
21 set 2022, 18:14 Tempo de leitura: 1 minuto, 30 segundosA bancada do PSOL cobra do governo federal explicações sobre a farsa montada por um site bolsonarista com a contratação de um apoiador fake pra fazer pergunta ensaiada a Jair Bolsonaro. O requerimento de informações foi apresentado nesta terça-feira, 20/09, e é endereçado ao Ministério das Comunicações.
O fato aconteceu em abril de 2020, conforme matéria da Folha de São Paulo. O publicitário Beto Viana afirma que foi contratado, por telefone, pelo Foco do Brasil, canal bolsonarista criado por Anderson Azevedo Rossi. Na manhã do dia 13 daquele mês, uma segunda-feira, Viana estava na saída do Palácio da Alvorada, no cercadinho, e perguntou a Bolsonaro se ele tinha assistido a entrevista de Luiz Henrique Mandetta, então ministro da Saúde, no dia anterior, no programa Fantástico. Bolsonaro respondeu: “eu não assisto a Globo”. O vídeo viralizou entre bolsonaristas. Tudo tinha sido combinado.
“Criar espantalhos e fabricar fake news é a marca do governo Jair Bolsonaro – ou seja, utilizando da máquina e dos cofres públicos para uso pessoal, longe do que preconiza a boa atuação do servidor público”, destaca a bancada.
No requerimento, a bancada questiona se há envolvimento do presidente, seus filhos ou ministros na contratação do apoiador fake e na cena montada, se outros episódios semelhantes com figurantes pagos aconteceram, a relação do Ministério das Comunicações com o canal Foco do Brasil, a participação do gabinete do ódio neste e em outras tratativas ensaiadas. O PSOL também solicita cópias de valores, notas, contratos e registros, com datas, horários e nomes, de reuniões ou encontros de integrantes do governo com representantes do site, inclusive a participação do ministro das Comunicações, Fabio Faria.
Foto: reprodução.