Bancada do PSOL e oposição acionam STF após reunião golpista de Bolsonaro com embaixadores
Parlamentares também pedem que a Corte Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral (MPE) investiguem presidente por crime eleitoral, propaganda eleitoral antecipada e abuso do poder político e econômico
19 jul 2022, 16:31 Tempo de leitura: 1 minuto, 39 segundosAs lideranças dos partidos de oposição na Câmara do Deputados protocolaram, nessa terça-feira (19/7), ao STF, uma notícia-crime contra Jair Bolsonaro. Toda a bancada do PSOL também é signatária da denúncia. Os parlamentares pedem que o presidente seja investigado por crime contra o Estado Democrático de Direito devido aos ataques feitos ao sistema eleitoral, em reunião com dezenas de embaixadores no Palácio da Alvorada.
A representação contra Bolsonaro deverá ser encaminhada pelo Supremo à PGR, que decidirá se abre ou não uma investigação formal. “A reiterada prática configura crime contra as instituições democráticas, crime de responsabilidade e crime eleitoral, bem como propaganda eleitoral antecipada e ato de improbidade administrativa”, ressalta o texto.
“Utilizando-se da estrutura pública do Palácio do Planalto e todo o suporte dos órgãos públicos do Poder Executivo, o representado convidou embaixadores de diversas nações estrangeiras para uma reunião em que o tema foi mais uma vez um despropositado e absolutamente infundado ataque ao sistema eletrônico de votação adotado no País desde o ano de 1996, sem nenhum indício, mínimo que seja, de mácula no resultado das eleições”, afirmam os parlamentares no documento.
A deputada Sâmia Bomfim, líder da bancada do PSOL, lembra que não é de hoje que o Presidente da República questiona a lisura das urnas eletrônicas e destaca que no encontro com embaixadores Bolsonaro agiu de forma ainda mais mentirosa e antidemocrática, expondo a imagem do Brasil de forma repugnante: “Bolsonaro sabe que vai perder a eleição e acelerou a marcha para ameaçar país com um golpe. O encontro com embaixadores ontem, forrado de mentiras e provocações, foi prova disso. A esse tipo de provocação respondemos não somente com o voto, mas com a mobilização”, destaca a parlamentar de São Paulo.
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