PSOL quer explicações de Braga Netto sobre indícios de fraude no fornecimento de insumo para cloroquina do Exército
Situação foi apontada pelo TCU e a Bancada do PSOL na Câmara protocolou Requerimento de Convocação ao ministro da Defesa na tarde desta sexta-feira 18/2
18 fev 2022, 19:53 Tempo de leitura: 1 minuto, 21 segundosDe acordo com apuração da Folha de São Paulo, os indicativos de fraude foram detectados por auditores no curso de um processo aberto no TCU para investigar suspeita de superfaturamento na produção de cloroquina pelo laboratório do Exército, a explosão de quantidades produzidas na pandemia, e a responsabilidade direta de Bolsonaro na produção.
Segundo a auditoria, 900 quilos de sal difosfato resultaram na produção de 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina em 2020. A última produção de cloroquina 150 mg pelo laboratório do Exército havia sido em 2017: 265 mil comprimidos, a partir de 70 quilos de insumos, segundo o relatório do tribunal.
“É um cenário desolador, onde o Governo Federal, ao invés de intervir para minorar o sofrimento de milhões, ou seja, investindo em vacinas, acaba sendo o agente catalisador do colapso. É trágico: o Governo Federal consegue unir corrupção e negligência – a população sofre com o rombo nos cofres públicos e com a ineficiência completa da cloroquina no combate ao coronavírus”, ressaltam os deputados no Requerimento.
Para a líder do PSOL na Câmara, Sâmia Bomfim, as suspeitas de fraude levantadas pelo TCU no processo de fabricação da cloroquina pelo laboratório do Exécito é inadmissível: “Esse é mais um episódio escandaloso, que evidencia as bases do governo Bolsonaro, apoiado pelos militares: corrupto, negacionista e genocida. O Congresso precisa cumprir com o seu papel de fiscalização e denúncia, convocar o ministro a se explicar, e o PSOL estará na linha de frente para esse combate”, enfatizou a deputada.